sábado, 23 de junho de 2012

Uma missão, eu devo servir? - Por: Diana Mendes


                   (Tirado de: We Belive- LDS)
Meninas, mais uma vez, a missão receberá uma moça, e para nossa alegria, e saudade também, será nossa amiga e companheira do WB, a Diana!
Ela também contou sua história pra gente, e eu amei, mas como sou suspeita, deixo com vocês:


Para a Babi e todas as lindas meninas do We Believe! Que um dia ouviram sobre eu pensar em ir pra missão e agora, em menos de dez dias estar indo para lá! E agradeço por quem estiver lendo isso. Querida, você está literalmente sendo um poço de paciência e desejo de me conhecer um pouco mais <3 Amo vocês meninas!!!
Um dia, chegaram para mim e me contaram que ser missionário de tempo integral é a maior aventura de todos os tempos. É cheia de tesouros perdidos, resgates de pessoas que foram presas, de amigos que auxiliam na sua busca e também de um amadurecimento após conseguir vencer a batalha final. É interessante pensar que por incrível que esta ideia tenha sido para mim aos dez anos de idade, quando minha tia se casou com meu tio, ex-missionário e me contou esta visão da missão, eu jamais pensava em ir para a mesma. Exatos treze anos depois, o mesmo tio, olha na frente da câmera (ele mora longe agora) e sente inveja de que eu vou pra aventura que ele não pode mais ir.
É um privilégio de muitos irem pra missão. Qualquer um de nós pode ir, porém não são todos que se dispõem de largar tudo, sacrificar tudo para irem a um lugar desconhecido, com gente esquisita e com coisas totalmente novas. Quem é aquele que sai de casa, suporta colegas de casa que são obrigados a ficar com você 24 horas por dia e ainda assim, saem seus melhores amigos? É, a missão é mesmo uma aventura, que todos podem ir, mas exige um sacrifício enorme, por bênçãos enormes, das quais nem sabemos se vamos conseguir mensurar um dia depois de voltar da missão, ou no CTM ou quem sabe daqui anos a fio.
É engraçado, pois minha mãe foi pra missão. É como se continuasse um legado familiar, algo que carrego comigo. Não no sobrenome, mas com certeza nas atitudes, naquilo que eu tenho de melhor, mas também no que eu posso fazer melhor. Não foi a mesma missão, mas as características são parecidas: na época dela, havia somente Missão Recife. Que cobria Paraíba, Ceará e outros estados do nordeste, era uma missão enorme, batizava bastante pois o povo estava pronto para ouvir. Não que seja diferente da minha missão, que cobre quase três estados, nova, e que tem muita gente pra ouvir sobre o evangelho e conhecer a verdade. Legal, não é?
Eu lembro muito de Néfi no meu caso, em específico, sobre a missão. Leí havia recebido uma ordem do Senhor para que Néfi e seus irmãos voltassem à Jerusalém para buscar as Placas de Latão, que estavam em posse de Labão. Néfi foi tendo plena convicção de que o Pai Celestial havia lhe pedido o fim: as placas com eles para a terra prometida. Mas não havia mostrado o caminho, Néfi provavelmente hesitaria se soubesse que provavelmente mataria Labão. A missão, pra mim, atualmente, é como Néfi provavelmente se sentiu, indo novamente para Jerusalém. Ele sabia exatamente o que fazer, mas como ele iria atingir o objetivo somente o Pai Celestial sabia.
Acredito que nunca estive tão perto de Cristo como agora. Parece estranho, mas não é. É algo bastante incômodo pra mim pensar que eu sempre fui muito abençoada e eu não sabia que eu podia ser um pouco melhor. Acho que posso ser bem melhor. É, eu também tenho muita coisa pra melhorar. Mas não é pra falar mal de mim! Vou falar só bem <3
A preparação da missão é algo muito, mas extremamente parecido com uma montanha russa. São loopings e descidas e subidas e giradas intensas que fazem a gente se perder no meio do caminho com tantos giros, mas nunca perde o foco de que uma hora, isso vai acabar e a adrenalina vai baixar. Há momentos maravilhosos e momentos odiosos, sério, daqueles que dá vontade de jogar tudo pra cima e falar: vou largar tudo e trabalhar! Mas, sempre havia uma luz no fim do túnel. Eu não tive problemas com nada, com médico, dentista, diploma, exames, vacinas. Em todos os momentos, sem sombra de dúvida, o Pai Celestial foi capaz de me abençoar para que fosse tudo o mais fácil possível. Eu aprendi uma lição muito esperta nesses momentos: se você está fazendo o certo pra você, neste momento, e o Senhor aprova sua decisão, nada a não ser você mesmo irá te tirar deste caminho.
A maior emoção, que eu sinto ultimamente é de gratidão. Como eu sou grata por ter pais maravilhosos que me ensinaram a verdade. Eu vou mais preparada que um tanque de guerra e tudo por causa deles, que sempre me apoiaram em todas as minhas decisões. Eu sou grata pelo que venho aprendendo não somente sobre a pregação do evangelho, mas também sobre a Expiação de Cristo e sobre o quanto ela me faz ser santificada e aprimorada a cada dia. De ter um contato próximo com o Pai Celestial e de que eu atualmente tenho uma relação mais refinada com Ele.
Agora eu tenho a oportunidade de poder passar tudo o que eu aprendi anos a fio por dezoito meses. Convidar as pessoas a vir a Cristo, poder ver nos olhos delas o brilho de que aquilo que está sendo ensinado é verdadeiro e que meu testemunho irá fazer com que o Espírito Santo testifique e faça a pessoa a se ajoelhar e a orar sobre o Livro de Mórmon e sua veracidade. E saber que através desta pessoa, milhares de gerações serão salvas, consegue imaginar que uma única pessoa com a qual eu irei conversar e que ser batizado, receber investidura no templo e permanecer com fé até o fim, farão gerações serem salvo. A obra missionária é muito mais que dezoito meses, mas ela é silenciosa, ela cresce e nós não sabemos como ela terminará.
O interessante, é que há algumas coisas que precisamos fazer durante este período de preparação: estudo das escrituras, genealogia, tentar aprender mais sobre as lições do Pregar meu evangelho. Mas eu nunca havia aprendido tanto sobre mim mesma nestes últimos anos do que nestes meses, quando aprendi a cozinhar, aprendi a fazer tarefas domésticas de casa. E eu sei que isso irá ser uma bênção na missão, pois eu poderei abençoar as minhas companheiras com minhas novas habilidades. Significa que posso servir de exemplo e obter exemplos e aprendizagens novas se eu for humilde para ensinar e para aprender.
Eu presto meu testemunho de que eu sei que Jesus Cristo vive, de que sofreu pelos meus pecados, minhas tristezas, angústias e momentos de solidão, e que está ao meu lado sempre, fazendo com que eu possa melhorar todos os dias para voltar a presença do Pai Celestial. O Livro de Mórmon é o livro mais verdadeiro do mundo e é através dele que podemos nos aproximar de Cristo e de tal forma que ninguém a não ser que leia e pratique as coisas que nele estão escritas vão conhecer a verdade. Joseph Smith, aos catorze anos de idade, orou ao Pai Celestial e questionou e mostrou que qualquer um, que de forma humilde e cheio de dúvidas, pode orar ao Pai e Ele irá responder, como eu fiz. Eu orei ao Pai e ele respondeu as minhas perguntas. Sei que um dia, junto com a minha família, vamos viver juntos para sempre. E este é o testemunho que presto. Em nome de Jesus Cristo, Amém.

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